terça-feira, agosto 28, 2007

NÃO VOU DESNUDAR-ME EM QUALQUER ESPELUNCA

Não sou mulher de me desnudar em qualquer espelunca. Não esperem que eu vá mostrar minha intimidade em qualquer local prosaico e mal cheiroso onde as letras são vilipendiadas diariamente, como são a maioria dos sítios de literatura chamada erótica. Eu almejo locais mais apropriados para revelar as secretas histórias que eu protagonizei, para delirar sobre viagens, amores, vidas, esperanças e tal. mantenho uma postura contida, pois a linha que divide os eróticos dos não, fica um pouco aquém do desejado. Dessa forma, não poderia soltar os bichos mesmo literariamente, como o fizeram escritores de nível, sem ter que ser julgada ao pé da letra e mandada pro outro lado da fonteira, onde coexistem as mais variadas formas de grosseiras manifestações da literatuara de porta de banheiro público, que me deixariam muito incomodada e onde jamais aceitaria estar incluída. Fico, então, com a literatura digamos assexuada, romântica, exótica, até meio doida, mas sem o colorido da presença do sexo, que seria fundamental para dimensionar todo o percurso do ser humano sobre a terra, pois do sexo fomos gerados, e é ele que move todas as coisas. e me permito então uma insanidade colorida, persongens anticonvencionais, sem palavrões, nada das mazelas da sociedade nos seus meandros mais contundentes. Fico num palavrear poético, falo de sofrimentos e dor de amor, de dor de ausências, lágrimas e sentimentos elevados. Mas longe de mim aceitar o texto onde o sexo seja tratado como persongem principal, explícito, repetitivo. Não me entendam mal. Não falo dej pornografia. Já vi escrevinhadores de poronografia referirem-se a Nelson Rodrigues como alguém que joga no time deles. Que sacrilégio. Em primeiro lugar, ele tem uma obra repeitável, em livros, com o tratamento das mais variadas expressões de sexualidade, doentia, banal, mas com uma abrangência, uma visão profunda da alma humana, afinal, uma obra de arte. Como alguém que escreve textos de uma página, que são pequenos contos ou até uma penca de versos, cujo tratamento é vulgar, pobre e explicitamente pornográfico, o que quer dizer que sem profundidade, sem análise , linear em histórias vulgares, onde o autor se debruça sobre cenas explícitas e vai assim até a última linha, pode sequer pretender se comparar a escritores como ele? É o que prova a incapacidade e a estreiteza de visão de tais pessoas.
Portanto, escreverei neste blog, aqui publicarei o que julgar de boa qualidade. Aguardem!

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