segunda-feira, julho 23, 2007

SOBRE O MEU NOME ALGUÉM FALOU:

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"...que força tem essa consoante "T", força que logo se amacia, se estende nas vogais do fim, como se a voz fosse pra longe, pra longe.... ter uma consoante linguodental, assim, bem no começo no nome, já lhe incomodou alguma vez?! Ter um nome que é um trem que chega com impacto sonoro e a seguir, some... "

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O QUE NÃO FUI

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... tantas mulheres que não fui, tantos homens que não amei... tantas possibilidades mortas em óvulos não fecundados, em portas não abertas, e eu queria tanto saber nadar, sonho com mares bravios e eu flutuando sobre as ondas e me sentindo liberta, sonho com vôos magníficos, o sol nascendo em tons rosados, muito verde, e eu flutuando e sendo feliz sem ter nada nas mãos, então eu pergunto, onde poderiam ter-me levado outros passos?


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vem ver






Vem ver o que é explosivamente real

nestes dias de inverno prolongado

de camas frias e cortinas fechadas,

o que é tão concretamente vívido

e cruel nas entranhas,

vem ver os caminhos sem fim da solidão

e os espaços sem remédio

que nenhum sonho bom mais preenche.

E os passos sem direção

e o choro sem fim

nas dobras dos travesseiros.

Resta o frio, após um verão flamejante e enganador.

Restam a pele marcada e ainda viva

e as brasas da lareira,

e palavras... e um resto de vida por viver...

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